quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Fim da casa paterna

Este poema foi escrito por Carlos Drumond de Andrade, se 

referindo à época em que, bem novo, ele deveria deixar o lar 

para estudos num colégio. Tá aí como ele poemou seu

‘medo’. 

E olha que ele nunca passou por uma psicanálise...

Tenha um bom 

espelho.
Tereza, psicóloga


“Vou dobrar-me
À regra de viver,
Ser outro que não eu até agora
Musicalmente agasalhado
Na voz de minha mãe, que cura 

doenças
Escorado no bronze de meu pai,
Que afasta os raios.
Eu vou ser – talvez isso – apenas eu
Unicamente eu, a revelar-me
Na sozinha aventura em terra estranha?

... Agora, me retalha à canivete esta descoberta:
Eu não quero ser eu
Prefiro continuar sendo objeto de família.”

Um comentário:

  1. Sim..enfrentar a vida os lugares e desafios com a pele pronta a ser arranhada e açoitada mas com a alma intacta e protegida pelas descobertas do verdadeiro "eu",,,,

    ResponderExcluir