segunda-feira, 29 de abril de 2013

Amigo é amigo. Psicólogo é psicólogo


   
               
 É verdade, amizade é terapêutica, ela nos protege, nos põe mais fortes... Mas, quando achamos que somos psy, ou que podemos substituí-lo, cuidado !















Duas amigas:
“- Ontem tive uma cena terrível com meu colega. A amiga faz silencio. Um tempo depois resolve abrir a boca e profetiza com olhar e o tom firmes de quem sabe o que diz: - Se você não analisar seu comportamento com ele, isto ficará sempre como está.”

Este diálogo fictício ilustra uma tendência muito atual e nociva – que consiste em passar-se por um analista de seus amigos: pretender conhecer melhor que eles suas necessidades, desejos e razões de seus atos, dar-lhes conselhos (que eles mesmos jamais seguem), ou ainda lhes escutando noite e dia, acreditando ajudar assim a sair de uma depressão. Ora, isto é bancar um psicólogo, um jogo e uma ilusão, - porque ser psicoterapeuta ou psicanalista não é improvisar.

Tipos de escuta incompatíveis
Certamente que nós somos às vezes enfermeiras, mamães de nossos amigos que atravessam fases difíceis. Também nos transformamos em ouvidos atentos ao deixá-los falar sem os interromperem. É um dever de amigo.

Mas a escuta empática do psicoterapeuta, que se cala para sentir profundamente as emoções do outro e ajudá-lo a compreender seu problema, é incompatível com a reciprocidade e a troca de uma relação amigável. A posição de analisar é muito dispendiosa psiquicamente. Apenas aprendendo psicoterapia se teria uma idéia do trabalho mental que o psicólogo faz, até que diz uma frase. Parece simples, mas não é.

Já um amigo é um outro si-mesmo. Não existe amizade sem igualdade.Ao inverso, o psicólogo é um estranho que faz uma conexão analítica com o estranho inconsciente, para devolver ao cliente.

Um amigo diz o que pensa. O psicólogo pensa para dizer o que o cliente precisa e dá conta de ouvir naquele momento. Dispõe também de outros recursos que acontecem apenas no setting terapêutico.
Por isto que o jogo analítico não está à altura das exigências de uma verdadeira amizade.

- Mas eu tenho compaixão, e quero ajudar, você diria. Sim, existe a compaixão, que é a base do amor. Mas pode haver também a vontade do poder. Porque os psicólogos estudam para entender o comportamento humano, esta função é vista como saber e poder. Mas, atenção - sem formação terapêutica, a compaixão pode conduzir ao pior. Que fazer quando um amigo muito depressivo nos solicita em permanência, e nos faz testemunha de sua impossibilidade de viver?

Ser um verdadeiro amigo, é ter consciência de que não se pode lutar apenas com nossa boa vontade e encaminhá-lo para um profissional.

Os laços dependentes

Duas jovens de mais ou menos vinte anos conversam. Uma delas, quase às lágrimas, conta sua última ruptura amorosa. Ela se pergunta porque não consegue permanecer com um homem. O que é que não vai bem com comigo?- ‘É certamente porque assim que você consegue, você faz tudo para ele ir embora”, diz a amiga friamente, em vez de reconfortá-la. Quem diz isto para um amigo não sabe o estrago que faz. Ao invés de ajudar, mata o desejo. Pois bancar ‘aquele que sabe’ e jogar o papel de salvador são também invenções para tranqüilizar a si mesmo e esquecer seus próprios problemas.

Uma pessoa que espontaneamente confessa que duvida de si mesma para que os outros acabem se abrindo com ela, busca a posição de confidente privilegiado que é altamente valorizada.

É exatamente a situação de fulana, 55 anos, cercada de amigas que precisam dela. Esta mulher, que jamais fala daquilo que ela sente interiormente e que parece desprovida de problemas, é inesgotável quando se trata de evocar as desgraças de suas protegidas.
Ela cuida da história dos outros para continuar ignorando a própria. Precisa de amigas que vão mal para se sentir bem.

Um verdadeiro amigo eleva o outro. O verdadeiro laço amigável quer dizer ‘eu te gosto muito, eu quero o seu bem’. Ao contrário da dependência ele é um abrigo, um refúgio. Se ele protege, não é porque quer se prender ao outro em troca. Isto porque a dois, cria-se um espaço de cumplicidade. A amizade não quer render a desgraça, mas se faz presente e dedicada, ela permite aliviar o peso e abre as portas do apaziguamento.

As pessoas confidentes

Sem que elas tenham o menor desejo de ser terapeutas, certas pessoas suscitam as confidências. Sabem usar as palavras, as imagens mentais que nos permitem melhor nos compreender, de reagir quando estamos quase a nos afogar. É verdade que existem indivíduos que atraem os ‘dependentes’. Mais ou menos conscientemente nós vemos neles pais razoáveis, mães confiáveis, sobre quem transferimos nossas necessidades de conforto. Este tipo de atitude é geralmente o resultado de uma infância passada sustentando pais depressivos ou em sofrimento. Estes serão bons terapeutas, sem dúvida, se resolverem fazer sua formação.
“Amigo que me faz bem é aquele com quem posso rir de mim mesma e que suporta as minhas bobagens . Um verdadeiro amigo é aquele com quem eu posso ser eu, sem críticas e que me fala na hora se desagradei para não guardar rancor e envenenar a relação, que não precisa pedir desculpas toda hora. É quem está comigo nas horas tristes, mas que principalmente fica feliz com as minhas conquistas.”

Mesmo quando o amigo é psicólogo este tem relação de amigo com seus amigos. Psicólogo só o é no consultório. Pode dizer o que pensa, mas é companheiro, antes de mais nada. E também necessita ter amigos, pois em consultório há outro tipo de relação.

Paradoxalmente talvez, quanto mais nossos amigos não tentam se passar por psicólogo, mais nós temos cumplicidade, prazer de compartilhar. 
Na ausência de julgamento, o poder terapêutico da amizade é mais forte.
e agora -  amigos de verdade....

Referencia Psychologies revue 304

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Qual o medo que te domina?



https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh-NdgTAyPeo4IsAFpI_WLMFAAaqXi4KotJVZ9jYlK5Y2rKdE4S2kGNU75YIEe7z2Z9nTiomaHsuzQSEw5cYdU2lYmyLlKq8gJDlNLLIbYTmVzDI07WZNsXOXR-aKhmgJeQoSs85u1r8hR1/s200/solidao+e+morte+6.jpg
Qual o medo que te domina?
 Da morte? Da solidão?

Encontre-se nesta lúcida e esclarecedora análise do Caráter Social. Porque os tabus existem e são diferentes nas culturas? 
O que a sociedade exige de nós?


Quais tabus aceitamos para o bem da coletividade?
Saber, ajuda nos posicionar.

Tereza, psicóloga



A fim de sobreviver, qualquer sociedade precisa modelar o caráter de seus membros de tal maneira que eles queiram fazer o que têm de fazer .

Cumpre que sua função social se interiorize e transforme em alguma coisa que eles se sintam movidos a fazer, e não em alguma coisa que sejam obrigados a fazer.

A sociedade não poderá consentir em nenhum desvio desse padrão porque, se o ‘caráter social’ perder sua coerência e firmeza muitos indivíduos deixarão de proceder como se espera , e estará ameaçada a sobrevivência da sociedade em sua forma especificada.

 Claro está que as sociedades diferem na rigidez com que impõem seu caráter social e a observância dos tabus destinados à proteção  desse caráter, mas em todas as sociedades há tabus cuja violação resulta em ostracismo.

Todo indivíduo tem medo do ostracismo: Para não ficar louco, é preciso que ele se relacione de alguma forma com outros. A total ausência de relacionamento o conduzirá às raias da insanidade mental.

                  Enquanto animal, o homem tem muito medo de morrer.

E enquanto homem, tem muito medo da solidão.

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Referencia Erich Fromm Zen budismo e psicanálise





quinta-feira, 4 de abril de 2013

Relação Filha/Mãe






Quantos anos tem você???


“Será que você realmente cortou o cordão umbilical? 

- Claro que sim! Será a sua resposta espontânea. 


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Entretanto, as relações entre as filhas adultas e suas mães raramente são límpidas: a dependência afetiva pode se expressar de diferentes maneiras às vezes mesmo, de maneira paradoxal e enganadora.

Um laço de grande cumplicidade ou uma distância afetiva e emocional podem muito bem expressar não uma postura madura e lúcida, mas ao contrário um desejo ou um estado de fusão.

Visto pelo modo positivo, a grande proximidade ou do negativo, relações agitadas e até mesmo inexistentes, tais relações originais nos modela e traz conseqüências em nossa vida sexual, afetiva e familiar. Donde se faz necessário pensar sobre esta imagem a fim de realmente se ter consciência de comportamentos e de escolhas que são suas conseqüências.
Que opinião temos sobre o casamento de nossa mãe?

Este tipo de questão aparece sempre para aqueles que se propõe uma análise. Mãe modelo, mãe amiga, mãe respeitável... – Sentimentos que nos ligam à primeira figura de nosso apego, afeição, simpatia, amizade - são complexos.

Apresentamos em seguida alguns modelos. Onde você se encaixa?

1. Não posso viver com ela, nem sem ela.


Se sua relação é conflitual, você não cortou o cordão umbilical.
Mesmo quando tudo parece calmo, o conflito está por perto, prestes a explodir. Vocês se comportam como dois chefes guerreiros esperando a hora da batalha.

Sua mãe não a deixa ir longe e usa de todos os meios para impedir: agressividade, culpabilização, chantagem. Gastam muita energia para lidar com isto. Sua relação é feita de rupturas e reencontros. E os sentimentos são tão mais difíceis quanto maior for o grau de dependência mútua. Assim são também os casais que se magoam, mas que não podem se separar.
Tais mães quase sempre também tiveram relações difíceis com sua própria mãe. Podem ter se sentido rejeitadas ou usadas, e repetem o mesmo cenário afetivo alternando calor e frio sobre seus filhos para garantir que os tem.

Como sair disto?
Trabalhe sua raiva. Reconheça-a e ponha isto em palavras para não brigar, não oferecer lenha para a fogueira. Quando suspeitar que o conflito vai começar, retire-se do local. E porque não tentar dizer-lhe: não quero jogar este jogo? A guerra acabará porque faltarão combatentes. Pergunte-se quando isto começou e quais os ganhos secundários que você obteve, para cortar o cordão serenamente.




2. Eu e minha mãe somos tudo uma para outra.

Nem gritos, nem choro, nem ranger de dentes... Não passam nem um dia sem contato, sem telefonar. Sua mãe sabe tudo de sua vida e de seus filhos. Sua vida é transparente. Ela é sua melhor amiga e confidente. E você também o é para ela. Vocês não vêem onde está o mal, pois o laço é recíproco e a cumplicidade não falha. Você não entende porque deverá manter uma certa distancia pois não se sente presa.

Mas veja agora – há em você uma menininha que não cresceu, que se nutre deste amor exclusivo e regressivo, correndo o risco de seu marido lhe propor uma escolha entre ela e ele.
Como sair disto?
Preste atenção aos excessos. Veja as conseqüências disto em sua vida conjugal e familiar. Que sobra para seu marido? Você é mãe suficientemente presente e segura para seus filhos? Tem algum segredo do qual sua mãe não participa? Somente um questionamento honesto, de preferência com um profissional vai te permitir ganhar autonomia afetiva e se conectar com seus próprios recursos pessoais para se tornar pessoa adulta.

3. Quanto mais longe estamos, melhor nos relacionamos

À primeira vista parece que você cortou o cordão, pois sua relação é reduzida ao mínimo. Talvez você o faça por seus filhos, ou por não ter que conviver com a culpa de renunciar sua mãe. Renunciar aos laços maternos raramente se faz sem dor e sem conflitos.
Mas sua relação é radical. Porque tanta distancia e frieza? Foi sempre assim? Você já reviu e venceu os maltratos por parte de sua mãe? Distância e silencio não são provas de que o cordão foi rompido. Certas mães e filhas praticam o afastamento como medida do seu efeito sobre a outra: Será que ela vai sentir minha falta? Quero ver como vai se virar sem mim...

Como sair disso?
Através de uma reparação simbólica. Faça uma lista de tudo que recebeu de sua mãe. De positivo e negativo. Como você a modelou? E responda: afetivamente, do que sinto falta hoje? Como posso obter? Será ainda possível melhorar a relação com minha mãe? Certos caminhos na vida são mais acidentados que de outros, por isto, e para avançar, seria talvez necessária a ajuda profissional.


4. Nem muito perto, nem muito longe de minha mãe

Você conseguiu. 
O cordão foi bem cortado o que lhe permite usufruir do prazer de ser plenamente mulher, talvez plenamente mãe. Como em todas as relações isto não é sempre fixo. Ela conhece seus períodos de turbulência ou de afastamento. Mas é isto que faz uma relação madura – os conflitos não parasitam sua intimidade nem envenenam a relação. Nos casos de desacordo você sabe expressar seu ressentimento e pôr limite de maneira firme e respeitosa. Isto é possível porque você não guarda rancor nem demanda amor mascarado. Este posicionamento lhe permite, se você tem filhos, de lidar com tudo claramente. Cada um no seu lugar, podendo exercer seus direitos e deveres sem confusão.”

Referencia Pshychologies Revue 304

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Relação Filha/Mãe

“Será que você realmente cortou o cordão umbilical? Claro que sim! Será a sua resposta espontânea.

Entretanto, as relações entre as filhas adultas e suas mães raramente são límpidas: a dependência afetiva pode se expressar de diferentes maneiras às vezes mesmo, de maneira paradoxal e enganadora.

Um laço de grande cumplicidade ou uma distância afetiva e emocional podem muito bem expressar não uma postura madura e lúcida, mas ao contrário um desejo ou um estado de fusão.

Visto pelo modo positivo, a grande proximidade ou do negativo, relações agitadas e até mesmo inexistentes, tais relações originais nos modela e traz conseqüências em nossa vida sexual, afetiva e familiar. Donde se faz necessário pensar sobre esta imagem a fim de realmente se ter consciência de comportamentos e de escolhas que são suas conseqüências.
Que opinião temos sobre o casamento de nossa mãe?

Este tipo de questão aparece sempre para aqueles que se propõe uma análise. Mãe modelo, mãe amiga, mãe respeitável... – Sentimentos que nos ligam à primeira figura de nosso apego, afeição, simpatia, amizade - são complexos.

Apresentamos em seguida alguns modelos. Onde você se encaixa?
1. Não posso viver com ela, nem sem ela.

Se sua relação é conflitual, você não cortou o cordão umbilical.
Mesmo quando tudo parece calmo, o conflito está por perto, prestes a explodir. Vocês se comportam como dois chefes guerreiros esperando a hora da batalha.

Sua mãe não a deixa ir longe e usa de todos os meios para impedir: agressividade, culpabilização, chantagem. Gastam muita energia para lidar com isto. Sua relação é feita de rupturas e reencontros. E os sentimentos são tão mais difíceis quanto maior for o grau de dependência mútua. Assim são também os casais que se magoam, mas que não podem se separar.
Tais mães quase sempre também tiveram relações difíceis com sua própria mãe. Podem ter se sentido rejeitadas ou usadas, e repetem o mesmo cenário afetivo alternando calor e frio sobre seus filhos para garantir que os tem.

Como sair disto?
Trabalhe sua raiva. Reconheça-a e ponha isto em palavras para não brigar, não oferecer lenha para a fogueira. Quando suspeitar que o conflito vai começar, retire-se do local. E porque não tentar dizer-lhe: não quero jogar este jogo? A guerra acabará porque faltarão combatentes. Pergunte-se quando isto começou e quais os ganhos secundários que você obteve, para cortar o cordão serenamente.

2. Eu e minha mãe somos tudo uma para outra

Nem gritos, nem choro, nem ranger de dentes... Não passam nem um dia sem contato, sem telefonar. Sua mãe sabe tudo de sua vida e de seus filhos. Sua vida é transparente. Ela é sua melhor amiga e confidente. E você também o é para ela. Vocês não vêem onde está o mal, pois o laço é recíproco e a cumplicidade não falha. Você não entende porque deverá manter uma certa distancia pois não se sente presa.

Mas veja agora – há em você uma menininha que não cresceu, que se nutre deste amor exclusivo e regressivo, correndo o risco de seu marido lhe propor uma escolha entre ela e ele.

Como sair disto?

Preste atenção aos excessos. Veja as conseqüências disto em sua vida conjugal e familiar. Que sobra para seu marido? Você é mãe suficientemente presente e segura para seus filhos? Tem algum segredo do qual sua mãe não participa? Somente um questionamento honesto, de preferência com um profissional vai te permitir ganhar autonomia afetiva e se conectar com seus próprios recursos pessoais para se tornar pessoa adulta.

3. Quanto mais longe estamos, melhor nos relacionamos

À primeira vista parece que você cortou o cordão, pois sua relação é reduzida ao mínimo. Talvez você o faça por seus filhos, ou por não ter que conviver com a culpa de renunciar sua mãe. Renunciar aos laços maternos raramente se faz sem dor e sem conflitos.
Mas sua relação é radical. Porque tanta distancia e frieza? Foi sempre assim? Você já reviu e venceu os maltratos por parte de sua mãe? Distância e silencio não são provas de que o cordão foi rompido. Certas mães e filhas praticam o afastamento como medida do seu efeito sobre a outra: Será que ela vai sentir minha falta? Quero ver como vai se virar sem mim...

Como sair disso?
Através de uma reparação simbólica. Faça uma lista de tudo que recebeu de sua mãe. De positivo e negativo. Como você a modelou? E responda: afetivamente, do que sinto falta hoje? Como posso obter? Será ainda possível melhorar a relação com minha mãe? Certos caminhos na vida são mais acidentados que de outros, por isto, e para avançar, seria talvez necessária a ajuda profissional.

4. Nem muito perto, nem muito longe de minha mãe

Você conseguiu. O cordão foi bem cortado o que lhe permite usufruir do prazer de ser plenamente mulher, talvez plenamente mãe. Como em todas as relações isto não é sempre fixo. Ela conhece seus períodos de turbulência ou de afastamento. Mas é isto que faz uma relação madura – os conflitos não parasitam sua intimidade nem envenenam a relação. Nos casos de desacordo você sabe expressar seu ressentimento e pôr limite de maneira firme e respeitosa. Isto é possível porque você não guarda rancor nem demanda amor mascarado. Este posicionamento lhe permite, se você tem filhos, de lidar com tudo claramente. Cada um no seu lugar, podendo exercer seus direitos e deveres sem confusão.”

Referencia Pshychologies Revue 304