quinta-feira, 1 de fevereiro de 2018

Meus grifos






GRIFAR



Convivi com livros mesmo antes de saber ler.

Alguém lia prá mim passando o dedo.

Nada mais natural do que livro vir a ser  uma excelente fonte de meus interesses  até hoje.

Passei  então a grifar livros.

 Era uma forma de promessa de retorno às falas que me tocavam, ou por coincidir com meu jeito e meu pensar, ou mesmo tendo aquele gosto de ‘ah! Foi escrito para mim!’ ou ‘então é assim que funciona!’

Grifos eram  uma permissão para aquilo entrar em mim, ser minha parte em algum lugar e me fazer melhor, mais sábia na forma de ver, sentir e estar no mundo.

E, – se tão bom para mim, porque não para outros?

Isto pensado, divido agora com quem assim o quiser  estas linhas preciosas.

 Pena que o passado ficou com muitas e não as tenho aqui.
Boa degustação !






Tereza