Quantos anos tem você???
“Será que você realmente cortou o cordão umbilical?
- Claro que sim! Será a sua resposta espontânea.
Entretanto, as relações entre as filhas adultas e suas mães raramente são límpidas: a dependência afetiva pode se expressar de diferentes maneiras às vezes mesmo, de maneira paradoxal e enganadora.
Um laço de grande cumplicidade ou uma distância afetiva e emocional podem muito bem expressar não uma postura madura e lúcida, mas ao contrário um desejo ou um estado de fusão.
Visto pelo modo positivo, a grande proximidade ou
do negativo, relações agitadas e até mesmo inexistentes, tais relações
originais nos modela e traz conseqüências em nossa vida sexual, afetiva e
familiar. Donde se faz necessário pensar sobre esta imagem a fim de realmente
se ter consciência de comportamentos e de escolhas que são suas conseqüências.
Que
opinião temos sobre o casamento de nossa mãe?Este tipo de questão aparece sempre para aqueles que se propõe uma análise. Mãe modelo, mãe amiga, mãe respeitável... – Sentimentos que nos ligam à primeira figura de nosso apego, afeição, simpatia, amizade - são complexos.
Apresentamos em seguida alguns modelos. Onde você
se encaixa?
1. Não posso viver com ela, nem sem ela.
Se sua relação é conflitual, você não cortou o
cordão umbilical.
Mesmo
quando tudo parece calmo, o conflito está por perto, prestes a explodir. Vocês
se comportam como dois chefes guerreiros esperando a hora da batalha.
Sua mãe não a deixa ir longe e usa de todos os
meios para impedir: agressividade, culpabilização, chantagem. Gastam muita
energia para lidar com isto. Sua relação é feita de rupturas e reencontros. E
os sentimentos são tão mais difíceis quanto maior for o grau de dependência
mútua. Assim são também os casais que se magoam, mas que não podem se separar.
Tais
mães quase sempre também tiveram relações difíceis com sua própria mãe. Podem
ter se sentido rejeitadas ou usadas, e repetem o mesmo cenário afetivo
alternando calor e frio sobre seus filhos para garantir que os tem.
Como sair disto?
Trabalhe
sua raiva. Reconheça-a e ponha isto em palavras para não brigar, não oferecer
lenha para a fogueira. Quando suspeitar que o conflito vai começar, retire-se
do local. E porque não tentar dizer-lhe: não quero jogar este jogo? A guerra
acabará porque faltarão combatentes. Pergunte-se quando isto começou e quais os
ganhos secundários que você obteve, para cortar o cordão serenamente.2. Eu e minha mãe somos tudo uma para outra.
Nem gritos, nem choro, nem ranger de dentes... Não passam nem um dia sem contato, sem telefonar. Sua mãe sabe tudo de sua vida e de seus filhos. Sua vida é transparente. Ela é sua melhor amiga e confidente. E você também o é para ela. Vocês não vêem onde está o mal, pois o laço é recíproco e a cumplicidade não falha. Você não entende porque deverá manter uma certa distancia pois não se sente presa.
Mas veja agora – há em você uma menininha que não cresceu, que se nutre deste amor exclusivo e regressivo, correndo o risco de seu marido lhe propor uma escolha entre ela e ele.
Como sair disto?
Preste atenção aos excessos. Veja as conseqüências disto em sua vida conjugal e familiar. Que sobra para seu marido? Você é mãe suficientemente presente e segura para seus filhos? Tem algum segredo do qual sua mãe não participa? Somente um questionamento honesto, de preferência com um profissional vai te permitir ganhar autonomia afetiva e se conectar com seus próprios recursos pessoais para se tornar pessoa adulta.
3. Quanto mais longe estamos, melhor nos relacionamos
À primeira vista parece que você cortou o cordão,
pois sua relação é reduzida ao mínimo. Talvez você o faça por seus filhos, ou
por não ter que conviver com a culpa de renunciar sua mãe. Renunciar aos laços
maternos raramente se faz sem dor e sem conflitos.
Mas
sua relação é radical. Porque tanta distancia e frieza? Foi sempre assim? Você
já reviu e venceu os maltratos por parte de sua mãe? Distância e silencio não
são provas de que o cordão foi rompido. Certas mães e filhas praticam o
afastamento como medida do seu efeito sobre a outra: Será que ela vai sentir
minha falta? Quero ver como vai se virar sem mim...
Como sair disso?
Através
de uma reparação simbólica. Faça uma lista de tudo que recebeu de sua mãe. De
positivo e negativo. Como você a modelou? E responda: afetivamente, do que
sinto falta hoje? Como posso obter? Será ainda possível melhorar a relação com
minha mãe? Certos caminhos na vida são mais acidentados que de outros, por
isto, e para avançar, seria talvez necessária a ajuda profissional.4. Nem muito perto, nem muito longe de minha mãe
Você conseguiu.
O cordão foi bem cortado o que lhe permite usufruir do prazer de ser plenamente mulher, talvez plenamente mãe. Como em todas as relações isto não é sempre fixo. Ela conhece seus períodos de turbulência ou de afastamento. Mas é isto que faz uma relação madura – os conflitos não parasitam sua intimidade nem envenenam a relação. Nos casos de desacordo você sabe expressar seu ressentimento e pôr limite de maneira firme e respeitosa. Isto é possível porque você não guarda rancor nem demanda amor mascarado. Este posicionamento lhe permite, se você tem filhos, de lidar com tudo claramente. Cada um no seu lugar, podendo exercer seus direitos e deveres sem confusão.”
O cordão foi bem cortado o que lhe permite usufruir do prazer de ser plenamente mulher, talvez plenamente mãe. Como em todas as relações isto não é sempre fixo. Ela conhece seus períodos de turbulência ou de afastamento. Mas é isto que faz uma relação madura – os conflitos não parasitam sua intimidade nem envenenam a relação. Nos casos de desacordo você sabe expressar seu ressentimento e pôr limite de maneira firme e respeitosa. Isto é possível porque você não guarda rancor nem demanda amor mascarado. Este posicionamento lhe permite, se você tem filhos, de lidar com tudo claramente. Cada um no seu lugar, podendo exercer seus direitos e deveres sem confusão.”
Referencia Pshychologies Revue 304
Muito delicado da sua parte atender meu pedido, publicando um post sobre a relação Mãe e filha.
ResponderExcluirFiquei bastante feliz!
Adorei o post!
Foi esclarecedor.
Namastê!