Agora que
sua ausência me
pesa, é que
vejo como era
necessário tê-lo conhecido.
Lembro-me dele. Lembro-me
bem em poucas ocasiões.
Um dia,
na sala, ele me
puxou a barra do
palitó e me
fez examinar seu
dedinho machucado. Foi um
exame rápido.
Outra vez
me pediu que
lhe consertasse um
brinquedo velho. Eu estava com pressa e não
consertei. Mas lhe
comprei um brinquedo
novo.
Na noite seguinte, quando
entrei em casa,
ele estava deitado
no tapete, dormindo e abraçado ao
brinquedo velho. O
novo estava a
um canto.
Eu tinha
um filho e
agora não o tenho mais,
porque ele foi
embora.
E este
meu filho, uma
noite, me chamou e
disse: Fica comigo.
Só um pouquinho,
pai.
Eu não
podia, mas a
babá ficou com
ele. Sou um
homem muito ocupado.
Mas meu filho
foi embora e
eu não o
conheci.”
Referência Oswaldo França Júnior
Tereza, acho seus post muito interessantes. Eles tem um quê a mais que é preciso ter olhos atentos pra adentrar a mensagem e deixar com que ela nos pertença. Muitas vezes ao lê-los tenho que reler, reler e reler pra tentar me aproximar das palavras e deixá-las produzir alguns sabores em mim.
ResponderExcluirOs filhos foram feitos pra voar. E que pena quando os pais mesmo sabendo disto os deixam escapar sem ao menos conhecê-los, sem ao menos entender a essência ou sua profundidade! É preciso educar o olhar. Abraços.